17/02/2014

Posted in Uncategorized às 22:01 por nosporoesdacienciamoderna

Dica de leitura: Discurso inaugural da ciência moderna

Por: Bernardo Jefferson Oliveira

Há 400 anos Francis Bacon publicava O avanço do conhecimento

Publicado em 1605, Two books of the proficience and advancement of learning, divine and humane , do filósofo e político inglês Francis Bacon (1561-1626), estabelecia as bases para uma reforma radical do conhecimento, visando o progresso social. Apesar da importância dessa obra, que mapeia o estado da ciência da época e aponta obstáculos a serem removidos para garantir o seu avanço, ela nunca foi traduzida para o português, língua em que ficou conhecida como O avanço do conhecimento . Nesse trabalho seminal, Bacon mostra que o poder de intervenção na natureza para explorar suas possibilidades é o melhor caminho para o desenvolvimento.  

Leia mais em:

 http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2005/217/memoria-discurso-inaugural-da-ciencia-moderna

 

02/08/2013

Um novo método de investigar o mundo

Posted in Uncategorized às 15:18 por nosporoesdacienciamoderna

 

“Embora a caracterização precisa do novo método de investigação exija detlhamentos que não faremos aqui, dois de seus traços fundamentais merecem destaque: a experimentação e a matematização.

Os responsáveis pela criação da ciência moderna, entre os quais se destaca a figura de Galileo Galilei, acreditavam que os estudos anteriores em filosofia natural exibiam uma dependência excessiva de especulações metafísicas e um apego ilegítimo à opinião de autoridades, particularmente Aristóteles, cujas doutrinas dominavam a cena filosófica havia mais de 1800 anos. Os novos filósofos contrapunham a isso a observação da própria natureza. É nessa observação – a experiência – que se encontrariam os verdadeiros fundamentos do conhecimento da natureza.

Na constituição da nova ciência, tão importante quanto assentar as bases do conhecimento na experiência foi obter essa experiência de forma controlada e sistemática, por meio daquilo que se chamou experimentos. Para tomar um exemplo famoso daquela época, sabe-se que Galileo concebeu vários desses experimentos para observar como os corpos pesados caíam. Para ele, não bastava soltar uma pedra e olhar sua descida. Ele queria saber quantitativamente como ela o faz. Para tanto, concebeu o famoso experimento do plano inclinado, descrito em seu livro Discursos e Demonstrações Matemáticas sobre Duas Novas Ciências (1638). Com a inclinação, retarda-se a queda, facilitando a medição de tempos e distâncias. Esse experimento comprova a lei galileana da queda dos corpos, segundo a qual na queda o corpo percorre distâncias proporcionais ao quadrado dos tempos de queda.

Esse exemplo ajuda a ver vários outros pontos importantes na nova abordagem.

O primeiro é que um experimento só é concebido com vistas ao esclarecimento de um dado problema, previamente configurado na tradição de investigação. Nesse caso, o problema era dado pela suspeita de Galileo de que a tese aristotélica de que os corpos mais pesados caem mais rápido do que os mais leves estava errada. O experimento de Galileo permite resolver essa dúvida de forma objetiva.

Um segundo ponto é que os dados brutos de um experimento são pouco ou nada significativos se não forem refinados intelectualmente. No exemplo em análise, devese, para chegar à lei de Galileo, “descontar” a interferência de causas espúrias, como o atrito e a imperfeição dos relógios da época (batimento do pulso e relógio d’água, inicialmente). Fazer isso sem mutilar fundamentalmente os resultados é algo que exige perícia e verdadeira genialidade.

Por fim, o exemplo destaca o segundo dos grandes traços da nova ciência, mencionados acima, a preocupação em obter uma descrição quantitativa dos fenômenos, por meio de sua matematização. Vale notar, como contraste, que na visão aristotélica, nem mesmo a física poderia ser matematizada. As leis físicas assumiam, segundo Aristóteles, um caráter puramente qualitativo”.

 

Texto escrito pelo Prof. Dr. Silvio Seno Chibeni, do Departamento de Filosofia, Unicamp

Leia mais em http://www.unicamp.br/~chibeni/textosdidaticos/cienciaorigens.pdf

07/06/2012

Manifesto da amizade filosófica

Posted in Uncategorized às 22:39 por nosporoesdacienciamoderna

Desde a sua origem, a filosofia é uma soma de dois ideais, dois caminhos que se cruzam: o da sabedoria (sofia) e o da amizade (philia).
Hoje os cursos universitários formam especialistas em teorias filosóficas, desenvolvendo o intelecto e aprimorando a razão.
Inegavelmente, isso é uma parte da Filosofia.
Mas não é toda a filosofia.
Nosso desafio, agora, é resgatar a outra metade da filosofia: a amizade.

Da famosa Escola Pitagórica poucos ensinamentos nos chegaram; mas sabemos que seus membros viviam como uma irmandade, uma confraria. A fama da amizade entre Pitágoras e seus discípulos sobreviveu aos séculos – mais do que as teorias por eles debatidas.
Não muito diferente foi a Escola Eleática, reunida em torno de Parmênides.
Sócrates, que tantos desafetos teve por conta de suas críticas aos sofistas e à política ateniense, é sempre retratado cercado de amigos, nas boas e nas más horas.
A Academia de Platão, o Liceu de Aristóteles (com seus passeios peripatéticos), o jardim de Epicuro… tantos são os exemplos.
De todos eles, fica a lição: para além do rigor conceitual, da elaboração lógica, da construção racional, a filosofia se consolida no companheirismo.

Leiamos os clássicos, busquemos o aprimoramento intelectual, tornemo-nos companheiros!
Este é o manifesto da amizade filosófica.
Este é um chamamento para a trilha filosófica.

http://www.facebook.com/trilha.filosofica

30/07/2009

Bacon e Shakespeare eram a mesma pessoa?

Posted in Uncategorized às 14:41 por nosporoesdacienciamoderna

Para quem gosta de teorias conspiratórias eu recomendo uma visita ao site http://www.sirbacon.org/toc.html.

Segundo as informações lá apresentadas, Francis Bacon era, de fato, filho da Rainha Elizabeth (fruto de um relacionamento mantido em segredo). Além disso, ele é que seria o verdadeiro autor das obras de Shekespeare.

Vale a pena dar uma olhada no slide show… Ou não … Decida por você mesmo.

Chico Toicinho

Posted in Uncategorized às 10:25 por nosporoesdacienciamoderna

Parece piada de português, mas não é.
Embora fale-se pouco nos dias de hoje sobre as universidades portuguesas, Portugal foi um importante centro de formação intelectual no fim da Idade Média e no Início da Idade Moderna, principalmente com as universidades de Coimbra e de Évora.

Desde aqueles tempos, os portugueses já cultivavam a pureza da língua.
É claro que nas universidades, nas situações mais formais, o idioma predominante era o Latim. Mas no dia-a-dia acadêmico o idioma Português era também usado. Ou melhor, era cultivado.

Entre as manias dos portugueses, até hoje, existe uma que consiste em “traduzir” os nomes próprios para um correspondente do vernáculo.
Assim, por exemplo, Charles vira Carlos, William vira Guilherme e Elizabeth vira Izabel.

Um caso famoso relacionado à essa mania é o de Francis Bacon.
Francis virou Francisco, carinhosamente referenciado como Chico.
E o sobrenome “Bacon” também foi traduzido: virou “Toicinho”.
Francis Bacon = Chico Toicinho

Coisa de Português!

Obs.:
Em Florianópolis, há uma pizzaria chamada Chico Toicinho (uma das maiores e melhores da cidade). Na década de 90, quando ela ainda não tinha alcançado o prestígio que tem hoje, um quadro de Francis Bacon adornava a entrada do estabelecimento. Hoje nem o site da pizzaria faz qualquer referência à origem do nome, e “Toicinho” agora se restringe a denominar apenas a iguaria suína. O sucesso comercial suplantou o glamour.